Sexta-feira, 30 de Novembro de 2007
só 3 horinhas...por favor
Preciso de umas 3 ou 4 horas sem o RUCA por perto, para me enfiar, mais o Rui, na Toys”r”us, continente ou qualquer coisa parecida.
Onde existam brinquedos, de preferência muitos e baratos.
Sim, porque 5 afilhadas, 1 sobrinha e 1 (2) filhote(s), sedentos pelo Pai Natal, não é brincadeira!!!
 
O meu grande problema, para além do dinheiro, é onde deixar o RUCA.
 
Fora quando estamos a trabalhar e ele no infantário, o RUCA passa 100% do seu tempo comigo e com o pai. Não existiu, até hoje, uma tarde, uma manhã fora de nós.
Não que eu não quisesse, mas porque não há.
 
Uns avós estão longe, os outros avós e família, mais perto, mas com as suas vidas e rotinas.
 
Há situações que ficam complicadas resolver com o RUCA atrás…ou mesmo de não ter aquele tempinho para mim, ou para mim e para o Rui enquanto casal, mas…
 
Existem amigos que já se tem oferecido. Custa-me tanto incomodar os amigos…mas acho que desta vez vai ter que ser…
 
Não posso levar o RUCA, senão ele pensa que os pais viraram Pais Natal, eheheh!!!
Pior!!! com um carrinho recheado de brinquedos que não são para ele.

 

 

 

Quando for a outra etapa, a das prendas para os adultos, pronto, aí vou ver se o aguento, uma tarde, no meio da multidão de um centro comercial.
Vai ser de loucos mas já estou habituada.
 
Quem tem apoio, nem sabe o bem que tem…

 

 

 

 

sinto-me:
publicado por eueosmeus às 16:53
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Quinta-feira, 29 de Novembro de 2007
ternuras de mano...
O RUCA é realmente uma ternura.
Agora que a Ritinha é uma realidade, ele ainda se mostra mais carinhoso com ela e comigo que a transporto dentro de mim.
 
No restaurante pedi-lhe um pouco do pudim, ele perguntou logo:
-a Ritinha gosta?
- gosta pois.
- (sorri) então toma!!!
 
Ao acordar disse-me:
- mamã tens que comprar o avião da barbie.
- queres essa prenda para ti no Natal? isso é de menina.
- daaaa!! Mãaae!! Não te esqueças da mana!!!
 
Ontem estava eu deitada, meia adoentada, põe a mãozita ma minha testa:
- tá quente. Pecisas dum bemurom e  bebe cházinho, sim?
LIndo, lindo o meu menino...
sinto-me:
publicado por eueosmeus às 16:07
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Terça-feira, 27 de Novembro de 2007
uma menina...
Uma menina.
Vou ter uma filha, uma Rita.
Estou feliz, muito feliz.
Os meus Rui’s, esses estão ao rubro…
Somos abençoados, somos sortudos, somos privilegiados, somos…somos uma família feliz.
 
Obrigada meu Deus!!!
sinto-me:
publicado por eueosmeus às 11:23
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Segunda-feira, 26 de Novembro de 2007
As luzinhas de Natal...
 

Este fim de semana lá por casa já se vive o Natal: árvore, presépio, grinalda na lareira, enfeite na  porta principal, pai natal pendurado na janela e luzinhas na varanda…chocolates, figos secos, nozes e um bolo rei folhado em forma de trança. E o mais ternurento…a  pantufinha do RUCA na lareira…vazia…à espera.
 
Uns (muitos) dizem que a tradição é fazer a árvore dia 1 de Dezembro. Já li que deve ser feita no dia de São Nicolau, dia 6 de Dezembro. Entendam-se.
Eu faço daquele momento tão nosso, tão mágico, aconchegante, saboroso e especial, quando o coração da família pede. Principalmente o coração saltitante e ansioso do meu Ruquita. Esse  é que comanda.
A alegria dele…a ansiedade de colocar os chocolates na árvore, o fascínio, a magia de Natal a 100%. Sem dúvida.
 
E eu, e eu alimento ainda mais essa magia, alimento o fascínio do pai natal e das prendas, das luzes e dos doces. Mas sem nunca, nunca faltar a verdadeira história do Natal…o nascimento de Jesus.
 
O presépio é montado com a participação do Ruca. À medida que lhe conto como tudo aconteceu ele vai colocando os bonecos, um a um. Dá um beijinho todos os dias ao menino deitado nas palhinhas, à mãe e ao pai, à vaquinha que o aquece, ao Baltazar, ao Belchior e ao Gaspar.
 
No centro comercial os fascínios atropelam-se, o pai natal a tirar fotos com os meninos, as montras cheias de brinquedos, as goluseimas, os chocolates, a azafama das pessoas a comprar…e nós os três, não somos excepção e somos umas baratas tontas também.
 
Como tantas outras, dentro de mim, tenho sensações fortes e contraditórias no Natal. Tenho as recordações de infância, lá tão longe e tão diferentes da realidade. Tenho o natal que conheci em Lisboa e agora tenho o Natal com o meu filho.
 
O meu natal era uma miscelânea. O frio e a humidade desagradável no desconforto da casa, era tão bom quando batia na cara enquanto eu escavava com as mãos o musgo. O sabor a vitória quando o pedaço que arrancava era grande e inteiro. Conhecia bem os sítios onde o musgo era mais viçoso e abundante. As mãos gelavam…
 
A caminhada, longa por vezes, para encontrar aquele pinheirinho. Sempre na ânsia que mais à frente devia estar um mais bonito. Pior era quando a indecisão começava. Cortava e abandonava, cortava e abandonava. Mas pronto, lá vinha contente e alegre com um que achava ser o mais bonito.
 
Umas fitas, uns pompons coloridos, uma estrela. O presépio era construído com pedras ornamentais e musgo. Os bonecos eram muitos e antigos. Eram bonitos e contavam a verdadeira história do Natal, do meu Natal. Não sei por onde andam. Gostava de os recuperar, lembro-me de todos.
 
Não tinha luzinhas para a árvore.  As luzinhas foram, num Natal qualquer, já era eu grandinha, o meu presente. Aqui vem a parte que me arrefecia o coração de criança, tão aquecido pela excitação normal dos preparativos.
Os presentes que a minha mãe inventava. Eram à imagem dela, descabidos…
 
Eu, nunca perdia a esperança, quando acordava, corria descalça e em pijama num pensamento positivo “este Natal vai ser bom”  e …
- a árvore tem luzinhas vês!!! É a tua prenda.
- um trem de cozinha, vês faz-nos tanto jeito. È a tua prenda.
- logo vamos à feira, compramos roupa.
 
Nem me lembro de mais. Decidi esquecer.
 
Recebi num ano um boneco. Gostei muito. Foi a única vez que me lembro receber um presente adequado a uma criança.
 
À tarde, a feira de Natal era tradição. Era feita num terreno barrento e inclinado. Chovia sempre e claro está, um cenário de lama, frio e cheiro a bifana.
 
A roupa era experimentada, entre uns panos ou então, muito mais confortável, dentro da carrinha do feirante. Lá me decidia por uma roupa “gira”. Mais 45 minutos de regateamento da minha mãe (que vergooonha). O meu pai desaparecia e quando era chegado o acordo, aproximava-se, sacava da carteira triunfante e com cara de chefe de família pagava.
Vínhamos para casa satisfeitos, eu pequenita gostava e ansiava por vestir a roupa nova.
 
À medida que fui crescendo este episódio foi-se tornando um pesadelo. Não me peçam para ir a feiras, por favor…
  
A noite da consoada, era normal. Um jantar, na cozinha de forno, como todos os outros. Um pouco mais de abundância, um bolo rei e filhoses. Filhoses de abóbora que eram amassadas, duramente, na tarde antes e fritas na lareira. Uma "trempe" (tipo tripé) e uma "péla" ( frigideira) sobre a fogueira. A minha avó ali estava horas, envolta no fumo e com o pingo sempre a escorrer do nariz. Lembro-me dela assim, mas com tanto amor e saudade.
 
Ainda hoje adoro as filhoses de abóbora (os chamados sonhos de abóbora em Lisboa). Hoje, na minha casa não faltam…
 
Lembro-me de o meu pai se sentir feliz e dizer-me sempre…temos saúde e estamos aqui todos. Eu entendia as suas palavras e respirava de alívio.
 
Os presentes era realmente um assunto que não existia, no meu Natal de infância. Os que existiam eram sem jeito, sem à vontade, sem propósito. O meu sofrimento por não ter presentes era mais fruto do que via na televisão do que qualquer outra coisa. Quando era adolescente, já não me iludia e  conformava-me. Passava o tempo a imaginar o que ia fazer um dia na minha casa…
 
O consumismo desenfreado e a compra de presentes à pressa, com o dinheiro a desaparecer e o desespero a reinar, confesso que não fazia parte desses meus sonhos. É a realidade de Lisboa e agora também minha…
 
Na minha casa, hoje, o Natal é bom…tem um sabor bom…é confortável e aconchegante…é construído por mim e pelo Rui…é nosso.
 
È tão aconchegante, tão bonito. Somos só nós e os meus pais que se juntam a nós. Somo 5.
Faço tudo como se fossemos 20 ou 30. Os doces, a mesa bonita, a abundância de comer, presentes, alegria e amor.
 
O Ruca vive o Natal que lhe construo, cheio de pormenores deliciosos.
 
Fico parada a olhar para a minha árvore. Grande, linda de morrer…com tantas luzinhas. Sinto-a a brilhar.
 
As luzinhas de Natal, há tantas em Lisboa, mas eu de certeza que as vejo com uns olhos muito especiais…
sinto-me:
publicado por eueosmeus às 15:28
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Quinta-feira, 22 de Novembro de 2007
a baba ainda me escorre...
Ontem fui à primeira reunião de pais da escola do RUCA.
 
Pela primeira vez fui presenteada por um trabalho feito pelo RUCA. Um coelhinho pintado. Achou que devia ser  cinzento escuro com uns tons mais claros  na barriga. Lindo.
 
A baba ainda me escorre…
 
“Espectacular, um espectáculo de menino em tudo. Extremamente afectuoso e carinhoso, muito aplicado, faz os trabalhos com muito empenho, é sempre o primeiro a querer fazer. Come, dorme, porta-se lindamente. Brinca com qualquer menino ou menina de qualquer sala e de qualquer idade. Não me posso esquecer nunca de lhe dar um beijinho e um abraço quando chego, senão vai ter comigo e lembra-me logo do meu lapso. Adora as actividades extracurriculares. É o melhor amigo da Sofia que protege por ser mais tímida e acanhada, é o melhor amigo do Luís que é o mais rebelde e desconcentrado da turma. Excelente.”
 
palavras da educadora Gabi…
 
E quem leu o meu post de ontem, ainda percebe melhor estas palavras…
 
Estou muito feliz.
sinto-me:
publicado por eueosmeus às 10:26
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Quarta-feira, 21 de Novembro de 2007
15 minutos essenciais...
Todos os dias tenho, com o meu RUCA, 15 minutos únicos…
Antes de se deixar cair no seu soninho, o RUCA passa os últimos 15 minutos do seu estafante dia, abraçado a mim. Com muitos beijos, abraços e juras de amor eterno de mãe e filho. O mundo pára…pára…pára  realmente.  
Todos os momentos com ele são especiais, mas aqueles minutos são mágicos. Posso ter gritado com ele há meia hora atrás, se calhar até lá foi a palmada ao rabo, se calhar até chorou e chamou-me de má. Quando se aninha na minha cama, ao meu lado, vencido…envolvemo-nos numa ternura de troca de beijinhos no nariz, nos olhos, onde calha ( menos na boca – não concordo com essa teoria moderna). Dizemos mutuamente “amo-te” ele diz-me  “ gosto de ti até ao céu” .
 
Explosão de felicidade….
 
Sou completamente apologista da teoria que colhemos mais tarde aquilo que plantamos hoje. Sinto que estes momentos são o melhor investimento que faço na vida.
O RUCA no seu lado afectivo, colherá para sempre estes frutos, tão sumarentos e doces.    
Eu ficarei com laços eternos e fortíssimos com o meu filho…
 
Tenho medo, muito, da desligação, do afastamento, não do físico, mas do afectivo. Vivo essa experiência com os meus pais. Existe algum afastamento físico, mas não é esse que me entristece…mas o afectivo, esse, ficou lá onde nunca foi cultivado…
 
Tenho consciência de duas influências fortes, que são a causa desta minha forma de pensar.
 
Uma “lenda” que ouvi um dia, não há muito tempo e era mais ou menos assim:
 
O pai e o filho subiam cansados a montanha, a certa altura o filho grita “estou cansado”. Ouve uma voz (o eco) “estou cansado”. Sem saber quem era e muito admirado por alguém naquele sito lhe responder, continua “o que é que queres”  e ouve novamente “o que é que queres” . Continua “estás a gozar comigo” e ouve “estás a gozar comigo”…”não gosto de ti” e ouve “não gosto de ti” .
O pai ao ver o filho irritado diz alto “adoro-te” e ouve-se “adoro-te”, o pai continua “és lindo” e ouve-se “és lindo”.
O filho pergunta - “pai porque é que a ti te respondem coisas boas?” e o pai diz “porque eu digo coisas boas”.
 
“Filho, a voz que ouves é a da vida que te devolve o que tu lhe dás. Se deres coisas boas ele devolve-te coisas boas.”
 
Quando ouvi esta lenda, senti aquele clic que nos faz despertar para um novo rumo. Todos temos estes  minutos, segundos que passam na nossa vida e nos mudam, é pena nem todas as pessoas se aperceberem deles e os deixarem ir…
 
Outra influência foi o livro “lavrar o mar “ do Daniel Sampaio. Neste livro ( e em todos dele – acho-o um pouco redundante nos livros) descreve como os afectos e todas as outras nossas atitudes são absorvidas pelos nossos filhos, nas idades dos 3 aos 10 e mais tarde são despejadas na adolescência. Pais incrédulos porque o seu filho adolescente se revolta contra eles, são esclarecidos quando se desmonta o dia a dia da infância dele. Falhas que não se aperceberam e que eram tão fáceis de remediar…simplesmente brincar, beijar, estar ali.
 
Não seja por isso, nem que me arraste de cansaço, como acontece tantas vezes, mas eu estou sempre aqui meu filhote.
 
E estes 15 minutos…são tão essenciais para nós, não é?
 
Amo-te.
   
sinto-me:
publicado por eueosmeus às 13:36
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Sexta-feira, 16 de Novembro de 2007
o rei do gelo no galo...

 

O meu RUCA devia ser nomeado o rei “do gelo no galo”.

 

Chiça!!!

 

Deste que começou a andar e já a caminho dos 4 anos, adoptou o gelo como apetrecho de estimação, tão necessário como uma roupa ou uns sapatos.

 

Estatisticamente falando, a média diária será ir uma vez ao gelo…

A experiência adquirida é tal, que da última vez dei por ele, sozinho, a correr para o frigorífico e a tirar o saquinho de gelo (já preparado).

 

Nem preciso sair de casa, mas quando vou a qualquer lado, tenho consciência plena que é uma questão de tempo, podem ser 5 minutos, 1hora mas que lá vai, lá vai…

 

As festas e as brincadeira com outros miúdos, isso então, é certeiro. Podem ser 20 crianças, pode a festa estar no fim…mas eu, no meu canto e nos meus pensamentos de mãe, hiper/mega atenta, sei que é uma questão de tempo e que vai ser ele a quem o gelo vai socorrer.

 

Disfarço bem, faço-me de mãe desleixada, despreocupada, desatenta…sim porque é o que está na moda – pais modernos – e também porque já não tenho “pachorra” para os olhares críticos que me fulminam com “lá está a mãe stressada”.

 

No fim a história é sempre a mesma...gelo no galo do RUCA.

Eu fico na maior da calma e ainda me riu porque estava mais que preparada…os outros, esses ficam com ar de aflitos, com cara de “é inacreditável mas acontece mesmo”.

Nesta grande caminhada que é ser mãe, aprende-se tanto…e a todos os níveis. Não só no que se refere aos filhos, que são fruto de nós e da nossa vivência, mas em relação  ao ser humano, ao mundo.   

 

Este é o meu pensamento:

 

“mostra-me como és pai…dir-te-ei quem és.”

sinto-me:
publicado por eueosmeus às 11:16
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